Curiosidade
Pelo da gata pode ter mais cor que o do macho Por que a
variedade de cor é tão maior nas gatas do que nos gatos? A cor da pelagem dos
gatos é definida pelos genes que estão no cromossomo X, o mesmo que determina o
sexo. Na reprodução, a fêmea sempre contribui com um cromossomo do tipo X, e o
macho pode enviar um X ou um Y. Se o feto se formar por uma combinação de
cromossomos XX, será fêmea; se for XY, macho. “Como a fêmea tem dois X, a
variação das cores pode ser maior”, explica o veterinário Ladislau Deutsch, da
Imparque, empresa que planeja zoológicos em São Paulo.
(Superinteressante, novembro de 1996)
Borboletas urbanas
As cidades são lugares cinzentos, barulhentos
e poluídos. Mas elas também têm seus encantos. Um dos mais coloridos animais,
as borboletas, alegram os ares das cidades, voando e fazendo malabarismos.
Apesar de viverem melhor em ambientes naturais, como florestas e campos, as
borboletas também são encontradas nas cidades. Costuma-se dizer que “onde há
plantas, há borboletas”, porque, na maioria das vezes, as herbívoras aparecem
em todos os lugares onde existe alimento. Por isso, é importante que as praças,
as ruas e os jardins das cidades tenham flores e árvores que, além de alegrar o
homem, dão casa e comida para os animais, permitindo que convivam com a sociedade
urbana. Apesar disso, as borboletas brasileiras enfrentam um problema nas
cidades: a maior parte das plantas presentes nas ruas, usadas para arborização,
é “estrangeira”, ou seja, foi trazida de outras regiões. E, em geral, essas
plantas “estrangeiras” não fazem parte do cardápio natural das nossas
borboletas. Desse modo, os melhores lugares para encontrarmos borboletas nas
cidades são terrenos baldios, encostas de morros, quintais e parques com
vegetação nativa brasileira. Nesses ambientes, há flores que servem de alimento
para as borboletas adultas e folhas, para as lagartas. Deve-se lembrar que,
quando saem dos ovos, as borboletas são lagartas, não têm asas, sendo
totalmente diferentes dos adultos. Portanto, a alimentação também é diferente.
As cidades não são os ambientes mais adequados para esses insetos viverem. Além
da falta de alimento, enfrentam outros problemas, como a poluição e a baixa
umidade do ar. Algumas borboletas são resistentes e conseguem sobreviver em ar
poluído, como a borboleta-do-manacá, encontrada nas cidades. Mas outras não
aguentam os efeitos da poluição. Em consequência, existem espécies que já estão
extintas ou ameaçadas de extinção, por causa das atividades humanas, que
modificam ou destroem o ambiente natural. Na área urbana de São Paulo, por
exemplo, existem apenas cerca de 20 a 30 espécies de borboletas, enquanto nos
parques da cidade podem ser encontradas até 300. Isso ocorre porque a maioria
das borboletas se alimenta de frutos que caem no solo e, nas cidades, existem poucas
plantas frutíferas. Os grupos de borboleta que vivem melhor em cidades são os
que se alimentam de flores e vivem naturalmente em áreas abertas, como campos.
Essas borboletas encontram ambientes ensolarados semelhantes aos campos nos
quintais e nos jardins das cidades.
Entre as borboletas
urbanas mais comuns encontradas na cidade de São Paulo estão a amarela, a
monarca, a amarelo-negra e a borboleta-coruja, a maior do Brasil. Existem
outros exemplos. As lagartas de Historis odius alimentam-se em embaúbas, que
podem existir em fundos de quintais. As lagartas de Papilio scamander usam
magnólias e abacateiros como alimento. A borboleta Pseudolycaena marsyas é
frequente em jardins e se alimenta de várias plantas com flores pequenas.
Quando o homem derruba árvores, está destruindo os abrigos e os alimentos
desses insetos. A única maneira de preservar as borboletas urbanas é preservar
a vegetação de que se alimentam. Para atrair mais borboletas para as cidades, é
importante aumentar a diversidade de flores nativas, como o cambará e o
assa-peixe, e arborizar as ruas e parques com espécies nativas, como o
manacá-da-serra, o abacateiro, a bananeira e a palmeira, alimentos naturais das
borboletas.
(Ciência Hoje das
Crianças, n. 42)
O problema ecológico
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da
Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste planeta não habita uma
civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais.
Essas são palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços
obtidos, a humanidade ainda não descobriu os valores fundamentais da
existência. O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais é do que uma
agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a
devastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a
deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de progresso não passa de uma
degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo há muito tempo,
uma autêntica guerra contra a natureza.
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).
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