sábado, 1 de agosto de 2015

Avaliação 1º EM

Avaliação 1º EM

O problema ecológico
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste planeta não habita uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas são palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não descobriu os valores fundamentais da existência. O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais é do que uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a devastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo há muito tempo, uma autêntica guerra contra a natureza.
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).
1) Segundo o Texto, o cientista americano está preocupado com:
(A) a vida neste planeta.
(B) a qualidade do espaço aéreo.
(C) o que pensam os extraterrestres.
(D) o seu prestígio no mundo.
(E) os seres de outro planeta.
2) Para o autor, a humanidade:
(A) demonstra ser muito inteligente.
(B) ouve as palavras do cientista.
(C) age contra sua própria existência.
(D) preserva os recursos naturais.
(E) valoriza a existência sadia.
3) Da maneira como o assunto é tratado no Texto, é correto afirmar que o meio ambiente está degradado porque:
(A) a destruição é inevitável.
(B) a civilização o está destruindo.
(C) a humanidade preserva sua existência.
(D) as guerras são o principal agente da destruição.
(E) os recursos para mantê-lo não são suficientes.
4) As substâncias orgânicas que nutrem as plantas são produzidas por meio da fotossíntese em células dotadas de cloroplastos, localizadas principalmente nas folhas. Nesse processo, que tem a luz como fonte de energia, moléculas de água (H2O) e de gás carbônico (CO2) reagem, originando moléculas orgânicas. As moléculas de água são absorvidas principalmente através da raiz, e o CO2, através dos estômatos localizados nas folhas. Que processo permite que a planta utilize parte das substâncias orgânicas produzidas na fotossíntese como fonte de energia para suas células? Em que consiste esse processo?
5) O gráfico abaixo mostra a variação ao longo do tempo na frequência de dois fenótipos, relativos à forma do bico de uma espécie de ave. Os pesquisadores notaram uma relação dessa variação fenotípica com uma alteração na disponibilidade de diferentes tipos de organismos predados por essas aves e atribuiu a variação observada à seleção natural.
Explique como a variação em populações de presas pode causar as mudanças nas frequências dos fenótipos mostradas no gráfico.
6) Use seus conhecimentos em biologia para explicar o que você entendeu ao ler esse texto. Apresente soluções aos problemas apresentados no texto.
Borboleta-de-Praia
Sem a planta em que deposita os ovos, não há postura. Por isso, a invasão imobiliária e os portos de areia, que destruíram a vegetação, a tornaram o único inseto na lista de animais ameaçados de extinção no Brasil.

Superstições assombram as borboletas desde a Antiguidade. Para os egípcios, quando uma pessoa morria, seu espírito deixava o corpo sob a forma de borboleta. A crença viajou até Roma, passando pela Grécia, onde a palavra psiké, a psique, servia ao mesmo tempo para a alma, o espírito e a borboleta. Sob a ótica popular, no Brasil, esses insetos da ordem Lepidoptera, superfamília Papilionoidea, são mensageiros de boas ou de más notícias, dependendo da cor – possivelmente porque os supersticiosos consideram agourentas as noturnas, escuras, que pertencem a outra superfamília. Não foram bruxarias, porém, que tornaram as borboletas-de-praia, ou Parides ascanius, quase extintas. Foram os portos de areia, as drenagens e a construção de prédios nas restingas pantanosas entre o litoral de Campos e a baía de Sepetiba, no Rio, seu habitat preferencial. Assim, destruiu-se boa parte da Aristolochia macroura, trepadeira da qual as larvas da espécie dependem para se alimentar; também em outros pontos do litoral brasileiro, onde viviam, as borboletas foram sendo extintas. É possível, no entanto, observá-las ainda na Reserva Biológica Nacional Poço das Antas, no Parque zoobotânico de Marapendi, e em equilíbrio precário na baixada de jacarepaguá, todos no Rio. Nesta última área, a Fundação Parques e jardins desenvolve atualmente o projeto de criação de um borboletário. Será no bosque da Barra, local protegido, onde havia ocorrência natural da espécie, até que a Aristolochia macroura foi extinta na região. A exigência de uma planta única não é característica apenas da borboleta-de-praia; a maioria das Papilionoidea se alimenta de uma só espécie vegetal. Trata-se de um processo evolutivo, que minimiza a competição pelo alimento: cada espécie de inseto se utiliza de uma planta diferente. é também uma estratégia chamada coevolução, pois cada planta possui substâncias tóxicas para a maioria dos insetos; porém alguns a digerem sem problemas e usam as toxinas para afastar predadores. No caso, a trepadeira Aristolochia torna a lagarta da Parides ascanius um bicho muito amargo para os predadores, em geral pássaros. Por aprendizado – experimentam e acham abomináveis – as aves reconhecem a lagarta pelas cores e passam a evitar outras iguais. 

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