Avaliação 3º EM
1- Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a habitar o
meio terrestre. Provavelmente surgiram de peixes crossopterígeos que
eventualmente saíam da água à procura de insetos. Antes de ganharem o meio
terrestre, esses ancestrais dos anfíbios passaram por modificações em sua
estrutura e em sua fisiologia. Mencione duas modificações importantes nessa
transição.
2- A polinização geralmente ocorre entre flores da mesma
planta ou entre flores de plantas diferentes da mesma espécie, caracterizando a
polinização ou fecundação cruzada. Como a maioria das flores é hermafrodita
(monóclina), há mecanismos que evitam a autopolinização (autofecundação).
a) Explique um dos mecanismos que dificultam
ou evitam a autopolinização.
b) Qual a importância
dos mecanismos que evitam a autopolinização?
3- O gráfico abaixo mostra a variação ao longo do tempo na
frequência de dois fenótipos, relativos à forma do bico de uma espécie de ave.
Os pesquisadores notaram uma relação dessa variação fenotípica com uma
alteração na disponibilidade de diferentes tipos de organismos predados por
essas aves e atribuiu a variação observada à seleção natural.
Como o darwinismo explica o mecanismo de adaptação como
parte do processo evolutivo?
Leia o texto e responda as perguntas
Borboleta-de-Praia
Sem a planta em que deposita os ovos,
não há postura. Por isso, a invasão imobiliária e os portos de areia, que
destruíram a vegetação, a tornaram o único inseto na lista de animais ameaçados
de extinção no Brasil.
Superstições assombram as borboletas desde a Antiguidade.
Para os egípcios, quando uma pessoa morria, seu espírito deixava o corpo sob a
forma de borboleta. A crença viajou até Roma, passando pela Grécia, onde a
palavra psiké, a psique, servia ao mesmo tempo para a alma, o espírito e a
borboleta. Sob a ótica popular, no Brasil, esses insetos da ordem Lepidoptera,
superfamília Papilionoidea, são mensageiros de boas ou de más notícias,
dependendo da cor – possivelmente porque os supersticiosos consideram
agourentas as noturnas, escuras, que pertencem a outra superfamília. Não foram
bruxarias, porém, que tornaram as borboletas-de-praia, ou Parides ascanius,
quase extintas. Foram os portos de areia, as drenagens e a construção de
prédios nas restingas pantanosas entre o litoral de Campos e a baía de
Sepetiba, no Rio, seu habitat preferencial. Assim, destruiu-se boa parte da
Aristolochia macroura, trepadeira da qual as larvas da espécie dependem para se
alimentar; também em outros pontos do litoral brasileiro, onde viviam, as
borboletas foram sendo extintas. é possível, no entanto, observá-las ainda na
Reserva Biológica Nacional Poço das Antas, no Parque zoobotânico de Marapendi,
e em equilíbrio precário na baixada de jacarepaguá, todos no Rio. Nesta última
área, a Fundação Parques e jardins desenvolve atualmente o projeto de criação
de um borboletário. Será no bosque da Barra, local protegido, onde havia
ocorrência natural da espécie, até que a Aristolochia macroura foi extinta na
região. A exigência de uma planta única não é característica apenas da
borboleta-de-praia; a maioria das Papilionoidea se alimenta de uma só espécie
vegetal. Trata-se de um processo evolutivo, que minimiza a competição pelo
alimento: cada espécie de inseto se utiliza de uma planta diferente. é também
uma estratégia chamada coevolução, pois cada planta possui substâncias tóxicas
para a maioria dos insetos; porém alguns a digerem sem problemas e usam as
toxinas para afastar predadores. No caso, a trepadeira Aristolochia torna a
lagarta da Parides ascanius um bicho muito amargo para os predadores, em geral
pássaros. Por aprendizado – experimentam e acham abominável – as aves
reconhecem a lagarta pelas cores e passam a evitar outras iguais.
(MEC, fevereiro de 2003)
4- Quantas e
quais espécies de animais são citadas no texto?
5- Quantas e
quais espécies de plantas são citadas no texto?
6- Quais
mecanismos naturais favoreceram as borboletas e agora podem causar a sua
extinção? Explique.
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