sábado, 2 de maio de 2015

Plano de aula 1ºEM 4- 8\05\ 2015

Plano de aula BIOLOGIA
E.E. JORN. PAULO EDUARDO OLINTHO REDHER
PROFESSORA MELICIA BERNARDINO DA SILVA
Semana 4 a 8 de maio 2015
SÉRIE 1ºEM
Tema: Revisão do 1ºbimestre.
Conteúdo: Teia alimentar; fluxo de energia e matéria nos seres vivos; desequilíbrio ambiental.
Objetivos: Resumir informações em esquemas; redigir textos a partir de esquemas; reconhecer uma teia alimentar a partir da leitura de um texto; reconhecer a continuidade do fluxo de matéria e energia na natureza; reconhecer a ação humana como fonte de desequilíbrio ambiental.
Estratégia: Construção de teia alimentar e comparação com a pirâmide de fluxo de energia; interpretação dirigida de diferentes esquemas; leitura e produção de texto.
Avaliação: Análise dos esquemas construídos e leitura dos textos produzidos.
Duração: duas aulas de 50 minutos cada.


Texto: A ilha de Bornéu (exemplo de desequilíbrio ambiental)
     Bornéu é uma grande ilha da Indonésia, localizada no Oceano Pacífico, mais ou menos entre a Austrália e a China e próxima a outras grandes ilhas como Java e Sumatra. Seu clima é tropical, a vegetação é constituída de muitos coqueiros e os nativos vivem em casas construídas de madeira, palha e folhas de coqueiros, mais ou menos semelhantes às casas de nativos que vivem aqui na América tropical.
     Lá pelo ano de 1960, a Organização Mundial da Saúde (OMS), desejando combater os carapanãs que transmitiam a malária aos habitantes da ilha, decidiu fazer uma grande aplicação de inseticidas. Usando aviões e outros equipamentos, aplicou verdadeiras nuvens de DDT em todo o território, abrangendo matas, plantações, casas, etc.
     O primeiro resultado observado foi magnífico! Morreram praticamente, todos os carapanãs da ilha, e seus habitantes viram-se livres não só da malária, mas também daquelas picadas incômodas que sofriam à noite, em suas casas, ou mesmo de dia, na sombra dos bosques. Mas... Algumas coisas estranhas começaram a acontecer em todo território de Bornéu...
     Infelizmente, o DDT não matava apenas os carapanãs. Matava também, outros insetos, como abelhas, besouros, baratas, etc. Alguns desses não chegavam a morrer, mas ficavam meio tontos e incapazes de se esconder com rapidez quando atacados pelos... Lagartos de Bornéu!
     Acontece que o lagarto de Bornéu é um grande comedor desses insetos maiores, como besouros e baratas, e agora, tendo alimento tão fácil de apanhar, fartaram-se de comer insetos e... Apanharam uma bela indigestão! A verdade é que os lagartos não sabiam que aqueles insetos estavam envenenados... e, comendo-os ficaram, também, meio paralisados, sem poder correr e, portanto sem poder fugir dos... gatos! Desse modo, os gatos da ilha passaram a contar com um novo petisco que nunca haviam provado antes: deixaram de perseguir seus ratos e passaram a se alimentar de carne de lagarto. Naturalmente, carne envenenada... Cada lagarto, tendo comido centenas de insetos, já acumulava, em seu corpo, uma grande quantidade de DDT. Consequentemente, cada gato, comendo cinco ou dez lagartos, adquiria uma dosagem fatal e morria! É natural que, morrendo os gatos, os ratos passassem a se proliferar abundantemente. E Bornéu passou a sofrer uma verdadeira invasão desses roedores.
     Alarmados, os técnicos da OMS providenciaram uma grande remessa de gatos para a ilha, restabelecendo rapidamente o controle da situação. Mas aí... é que veio o pior: as casas dos nativos, construídas de ripas e palhas de coqueiro, começaram a cair! O assunto foi logo estudado pelos especialistas da OMS, que descobriram o seguinte: existe um inseto, uma espécie de baratinha, que se alimenta vorazmente de palha de coqueiro. Só que, normalmente, esse inseto não atingia números muito grandes porque o lagarto de Bornéu não deixava: ele gostava muito de comer essas baratinhas. Com o desaparecimento do lagarto, esses insetos não tinham mais limites à sua reprodução e comiam toda palha de coqueiro que encontravam pela frente. A OMS não teve outra solução: procurou, nos continentes, outro tipo de lagarto semelhante àquele de Bornéu e transportou-o em grandes números para a ilha. Finalmente, conseguiu restabelecer o equilíbrio.
      Um equilíbrio que dependia das baratinhas do coqueiro, que eram controladas pelos lagartos, que foram destruídos pelos gatos por causa do DDT aplicado para combater carapanãs que transmitiam a malária. Quem poderia imaginar uma relação entre a queda de casas e a malária? Hoje se conhecem inúmeros exemplos de desequilíbrios desse tipo causados pela aplicação de inseticidas e outros praguicidas em todo o mundo. Cada um deles permitiu descobrir alguma coisa a mais sobre os efeitos secundários que o controle às pragas pode produzir.

Desenvolvimento:
     Os alunos são orientados a ler o texto individualmente. Após o tempo estabelecido pela professora são distribuídas folhas de sulfite.
     A professora lê o texto para a sala e ao mesmo tempo indica na lousa os elementos mais importantes da historia (o mapa da ilha, as casas de madeira e palha, o mosquito transmissor da malária, outros insetos da ilha, o lagarto de Bornéu, os gatos, os ratos e a barata de coqueiro).
    Cada aluno deve fazer uma teia alimentar que explique os acontecimentos na ilha de Bornéu. Após o tempo determinado a professora desenha as setas ligando os elementos que formam a teia alimentar que justifica os acontecimentos da ilha.
    Depois de sanadas as duvidas os alunos devem responder um questionário.

Questionário
1. A posição geográfica da ilha de Bornéu justifica o clima tropical. Além do calor e das chuvas abundantes esse clima também favorece as plantas e a proliferação de insetos. Por que isso acontece?
2. Quem são os produtores, os consumidores primários, consumidores secundários e consumidores secundários da teia alimentar descrita na historia?
3. O texto explica as varias consequências do uso do inseticida no ambiente. A cada animal retirado ou colocado na teia alimentar o fluxo de energia do ambiente muda. Desenhe e explique a pirâmide do fluxo de energia do ambiente em equilíbrio e em desequilíbrio.
4. No texto foi usado um inseticida para matar os pernilongos, outra solução seria a introdução de um predador natural de pernilongos na ilha. Essa nova estratégia poderia causar algum problema ambiental? Explique sua resposta.
5. Imagine que com tantos animais mortos pelo inseticida os fungos e bactérias se multiplicaram descontroladamente e a organização mundial de saúde resolvesse matar todos os fungos e bactérias para evitar doenças causadas por esses organismos. Qual seria o impacto dessa atitude no ambiente dessa ilha? Explique sua resposta.




Fique de olho:
No segundo bimestre os alunos vão fazer uma dissertação argumentativa usando conhecimentos de teia alimentar, da pirâmide de fluxo de energia, ciclos biogeoquímicos e equilíbrio ecológico.
Esse vídeo pode ajudar nessa tarefa:
https://www.youtube.com/watch?v=457E7W6rU2A.  

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